quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O raro exemplo do financiamento de Linha de Passe

" O filme Linha de Passe de Walter Salles é um dos raríssimos exemplos de filmes de longa metragem nacional feito sem o auxílio das leis de incentivo à cultura.
O financiamento do filme aconteceu por verbas de investidores internacionais, que acreditaram no retorno comercial do filme.
O financiamento privado de Linha de Passe se deve em grande parte ao prestígio conquistado pelo diretor com os filmes precedentes.
Agora, ao longo deste ano, Walter Salles passará por um ‘puxado’ calendário para vender o filme, incluindo muitas sessões, palestras e debates nos locais onde Linha de Passe vai estrear.
Temos comentado bastante neste quadro sobre as leis de incentivo à cultura e a dependência que o Cinema Nacional da retomada demonstra frente a elas.
Em entrevista concedida ao portal ‘Último Segundo’, Salles demonstrou desconforto com o atual modelo de financiamento. Disse que a idéia de o cinema brasileiro ser em grande parte definido por diretores de marketing das empresas não lhe parece desejável.
Porém, o diretor destacou que atualmente, é impossível construir uma cinematografia sem o suporte do Estado e que esta é uma realidade de todos os países desde a França até a Argentina.
Pra encerrar o quadro, só a título de curiosidade, a produtora Video Filmes, da qual Salles é sócio, tem feito a neutralização do carbono para compensar emissões poluentes feitas em decorrência da produção dos filmes.
Para Linha de Passe foram plantadas 7.500 árvores, que iram compensar a poluição de transportes e outras atividades realizadas durante produção e filmagens da obra.
Encerramos o quadro legislação e políticas culturais.
O texto do quadro vai estar disponível no blog do programa: http://www.trilhasdocinema.com.br/.
Um abraço e até a semana que vem. "
Bruno Leites

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